sábado, 1 de fevereiro de 1992

Bonito!


Verde. Até onde o olhar chegava, era verde. Um mar de copas verdes estendia-se até‚ ao infinito. E aí unia-se ao azul do céu onde nuvens coloridas de pássaros davam outras cores ao azul celeste.
No interior daquele mar de folhas a vida efervescia num turbilhão de urros, guinchos, chilreios, rosnados e tantos outros nomes que se dão às vozes dos animais. E todos falavam ao mesmo tempo, parecia uma grande feira debaixo daquela massa vegetal.
Uma massa compacta, apenas interrompida por alguns cursos de água. E mesmo aí eram quase cobertos pela vegetação que crescia até aos limites das margens, debruando-se sobre elas como se quisessem passar para a outra banda.
As margens, escurecidas assim pela muralha de plantas, tinham um aspecto sinistro. Assustador mesmo! Dando a sensação que mil olhos hostis nos espiavam.
Então, inesperadamente... tudo fica escuro!
– Bonito! Agora ‚ que havia de faltar a luz! Assim não vou poder ver o resto do filme!

Sem comentários: