sexta-feira, 1 de novembro de 1991

Não


Só devemos ter uma palavra para esta situação.
Não.
Não,
aos salários de miséria que nos fazem engolir,
juntamente com alguns sapos.
Não,
ao aumento dos bens alimentares;
que os sapos não são nada nutritivos!
Não,
ao preço elevadíssimo das habitações;
é quase impossível pagar a entrada,
quanto mais o resto da casa!
Não,
a estas reformas que dão para viver bem,
a primeira semana do mês!
Não,
ao elevado preço dos medicamentos e dos cuidados de saúde;
é caso para dizer que a saúde está pela hora da morte!
Não,
esta situação não pode continuar.
Cabe a nós acabar com ela,
para isso temos que nos unir.
Junta-te a nós, domingo, no Parque Eduardo VII.
Não faltes,
que eu vou ver se apareço.